Qual a graça de uma vida se ela não se parece com uma montanha-russa? A minha, no último mês, está no maior estilo parque de diversões. Nada como os conselhos de minha sábia mãe: depois de tanta coisa ruim, o futuro só pode estar reservando um presente atrás do outro. E não é que está mesmo?
Não que todos os dias sejam perfeitos e que eu seja uma pessoa que lide bem com surpresas de última hora, mas ando encarando bem as situações que a vida adulta exige: com mais responsabilidades no trabalho, dividindo a atenção com os amigos, com o namorado, com a família...
Descobri – na última semana - que posso ser o ombro amigo perfeito, que posso ser uma dona de casa dedicada, uma chefe chatinha. E que posso chegar em casa à noite e ainda chorar que nem um bebê .
Acho que envelhecer (oh, no!) é aprender a viver um dia depois do outro. É realmente (e bem clichê) viver o hoje como se não houvesse o amanhã. Não que, para isso, seja necessário chutar o balde. Mas acho que é sempre importante dizer o quanto você ama as pessoas que realmente importam para você, gargalhar até a barriga doer, chorar muito e resolver os problemas com sinceridade – sabendo que, assim, eles vão embora mais rápido.
Essa vida – porque, sim, eu acredito que nós temos tantas outras – é única. E as emoções são o que nos diferem de robôs. É por essas e outras que não tenho vergonha de ser assim, de me expor ao ridículo, de armar meus pequenos barracos, de reclamar quando as coisas não vão do jeito que eu estava esperando e de dizer o quanto amo meus amigos – e não somente em uma noite de bebedeira máster.
Como já cantava o rei, “se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”. Se elas são boas ou ruins? Ah, isso a gente trata na terapia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário