Camila Borowsky sempre soube muito bem o que queria da vida. Em mais uma destas certezas, mudou-se de mala e cuia (sim!) para a mais movimentada capital do país. É lá que hoje ela faz as duas coisas que mais gosta na vida: jornalismo e amigos. Porém, foi lá que ela sentiu o verdadeiro gosto da saudade. E ela sabe que ele é muito, muito mais amargo que qualquer chimarrão.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
É na Vila Madalena, Girassol 51
Essa era uma vontade minha de anos. Quando voltei do Rio sem ter passado por uma, me senti meio vazia. Sabia que o que sentiria seria mais do que especial.
Pois bem, no último domingo, depois de alguns baldes de cerveja na companhia de amigos especiais, decidimos nos aventurar. Destino: Rua Girassol, 51. Vila Madalena. No local, uma quadra. Lá dentro, um coração. A batida dele era perfeita. Tanto, que todos conseguiam acompanhá-la, cada qual do seu jeito.
Juro que nunca senti uma energia assim na vida. Aquela mistura de batuques, de tambores e tamborins, de gente bonita, feliz e empolgada. Simplesmente incomparável.
Mais do que qualquer Copa do Mundo, mais do que passeatas históricas. É o samba correndo nas veias que faz a gente se sentir bem brasileiro. De ter a certeza de que aqui é o melhor lugar do mundo. De que, sim, é possível jogar tudo para o alto uma vez por ano para simplesmente (e nada mais) se divertir: encher a cara e suar a camisa de tanto dançar.
Por essas e outras que vim até aqui hoje e tive vontade de contar pra todo mundo: desde domingo sou Pérola Negra.
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