sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Chutando macumba

Não é sempre que a gente descobre que uma pomba tem o santo mais forte que o nosso. Eu aprendi, mais uma vez, no hard way. Fui espantar o rato de asas, digo, adorável bichinho e acabei acertando uma barra de ferro. Dois segundos depois, eu senti uma dor se espalhando pelo meu pé. Detalhe: estava no Rio de Janeiro, no 3º dia de visita à Cidade Maravilhosa, e havia acabado de pedir saúde na Candelária.

No momento seguinte estava num táxi, em um hospital lotado, fila do SUS. A dor era muita, não dava pra aguardar. Bora ligar pro plano de saúde, que te manda pra PQP, onde não atendiam ortopedia. Caminhando, cheguei ao hospital São José, no Humaitá, onde fui prontamente atendida, raioxizada e diagnosticada: fratura no hálux, mais conhecida como dedão quebrado.

Pé pra cima que vai começaaaaaar, o tediation tion tion tediation tion tion

Bem pior do que ter um dedo doendo e não poder colocar o pé no chão é não ter paciência. Aqueles que me conhecem (nem que seja apenas por 5 minutos, já que não consigo enganar) sabem que a tal espera não é meu ponto forte. Não MESMO. Passar o dia vendo TV e twittando nunca foi um problema para mim – que adoro as porcarias – mas agora está sendo tenso.

Levantar só para buscar água na cozinha e ir ao banheiro está me deixando doida. Mas, enfim, acredito que seja, mais uma vez, alguém por aí tentando me mostrar que de nada adianta fazer as coisas sem pensar, no impulso com que sempre levei a vida. Calma, Camila, dê tempo ao tempo. Depois do que havia pedido pra Candelária, penso que aquela pombinha pode ter sido um sinal: pode ter me salvado de alguma coisa muito pior.

Ainda tenho mais 10 dias de sofá, TV e internet. Será que “guento”?

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