Camila Borowsky sempre soube muito bem o que queria da vida. Em mais uma destas certezas, mudou-se de mala e cuia (sim!) para a mais movimentada capital do país. É lá que hoje ela faz as duas coisas que mais gosta na vida: jornalismo e amigos. Porém, foi lá que ela sentiu o verdadeiro gosto da saudade. E ela sabe que ele é muito, muito mais amargo que qualquer chimarrão.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Enfim, a doce liberdade
Há poucas horas fui brindada com a notícia de que estava livre. Livre de um quarto de hospital onde passei as últimas 48 horas tentando me livrar da minha dose de iodo – o final do tratamento contra o câncer de tireóide.
Foram dois dias de tédio e reflexões apenas interrompidos por ligações de enfermeiros pedindo para que eu fosse até o banheiro para que eles pudessem deixar minha comida sobre uma mesinha logo na entrada do lugar.
No início, foi engraçado, confesso. Depois, encheu o saco. O segredo para ir embora é tomar muita água e muitos banhos.
Não senti efeitos colaterais além da minha gastrite de sempre (um pouco piorada) e uma dor nas glândulas salivares, onde o iodo fica concentrado.
Logo que cheguei me deram um belo traje de gala – composto por roupas azuis que caberiam em Jô Soares facilmente. O tecido, se é que se pode chamar assim, era uma mistura de papel e plástico. Além do outfit, eu também ganhei um protetor para os pés.
Depois de tomado o iodo 131, que no meu caso foi uma dose de 256, a gente fica só esperando saber como o corpo vai reagir ao lance da radiação. Eu, como estava preparada para o pior, não senti grandes efeitos.
Amanhã começo o tratamento com os hormônios. Mais uma novidade na minha vida. Estou curiosa para experimentá-los.
Ah, um aviso aos curiosos navegantes: não brilhei no escuro.
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hahahahahh Mellman curioso com os hormonios... Tu e o Time do Gremio... Sempre supreendendo e com raca. Para o alto e avante!
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