domingo, 9 de maio de 2010

Não sei como teria feito


Nunca um Dia das Mães fez tanto sentido para mim quanto esse domingo de maio de 2010. O que era para ter sido uma estadia de 10 dias para um exame e alguns passeios tornaram-se quase três meses da mais profunda dedicação da pessoa mais importante da vida: minha mãe.

Minha mãe é a pessoa mais guerreira que conheço. Desde sempre foi assim, essa fortaleza. Não foi diferente durante os piores meses da minha vida. Era ela quem estava lá ao meu lado com cada novidade dos últimos tempos, seja ela boa ou ruim.

Não foram poucos os dias em que ficamos olhando pra cara uma da outra em um hospital onde nada acontecia. Se eu precisava estar lá, ela não, mas, mesmo assim, lá estava ela, me olhando, perguntando se eu precisava de alguma coisa, insistindo para eu comer, xingando enfermeiros incompetentes, acordando no meio da madrugada só para empurrar o suporte do soro.

E a vibração dela com cada pequeno passo meu, cada nova melhora? Assim como dividimos algumas alegrias dos baby steps, também compartilhamos muitas angústias, ficando ainda mais próximas.

Assim, do nada (enfim, não foi bem do nada), voltei a me sentir com 5 anos – total dependente dela, do carinho dela e de sua atenção comigo durante 24 horas.

No próximo sábado, dona Sonia volta para o Sul e, desta vez, sem mim. Já sofro por antecipação. Não vai ser fácil cortar o cordão umbilical mais uma vez.

Feliz Dia das Mães, amada. Tu sabes colocar em prática o significado desta palavra tão intensa. Quando eu crescer, quero ser como tu.

3 comentários:

  1. É nessas horas que eu vejo quanta sorte a gente tem! Mães maravilhosas são difíceis de encontrar... Realmente altruístas, sabe? Eu não sei se conseguirei ser assim algum dia...

    ResponderExcluir
  2. Fiquei verdadeiramente arrepiada em ler as tuas palavras. beijos querida

    ResponderExcluir
  3. Que idade tu tinhas nessa foto?? Uns doze anos?? rsrsrsrsrsrs Bjs

    ResponderExcluir