Quando era pequena, sempre gostava de ouvir os trovões, observar os raios, ver o vento levar tudo junto com a água da chuva que descia ladeira abaixo da rua onde morava.
Enfrentar um temporal no conforto da minha casa era a melhor coisa do mundo. Afinal, eu sempre tinha um lugarzinho embaixo da minha cama para me esconder. Ou melhor: o colo da minha mãe para correr.
Esta segunda-feira foi mais um dia de temporal aqui em São Paulo. Porém, os sinais da chuva torrencial que estava por vir já estavam óbvios assim que abri a janela de casa, logo que acordei.
Fora o sono, eu estava sentindo que o dia não seria dos melhores. Um temporal por vir.
No meio da tarde fiquei sabendo que uma pessoa que gosto muito passa por problemas sérios de saúde e que deve começar uma luta árdua nos próximos dias. Essa notícia fez os meus problemas parecerem minúsculos. Um temporal ali.
Pela janela do trabalho observei o tempo virando, as nuvens pretas cobrindo o céu. E, de repente, a água e o vento arrastando tudo o que encontravam pela frente. Temporal.
Voltei para casa, o ônibus lotado. Nem me importei. Chorei tudo que pude. Deixei o medo, a angústia, as dúvidas saírem pelos meus olhos. Um temporal particular.
Ao chegar em casa descobri os resultados do temporal na cidade: a falta de luz. Tentei lembrar dos tempos em que era bom sentir os primeiros ventos de uma chuva que prometia. Cochilei.
A luz voltou.
Definitivamente, hoje temporais são sinônimos de dias tristes. Espero que a luz volte logo.
Triste, Feli!!!
ResponderExcluirPor que é que eu não consigo seguir os blogs das minhas duas loiras favoritas?
ResponderExcluirTemporais bons são aqueles que lavam a alma, infelizmente os ventos que os trazem são muito, muito frios.
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